Mapeamento de áreas verdes e da arborização urbana: estudo de caso de Diamantina, Minas Gerais
Resumo
Este artigo apresenta uma proposta metodológica para analisar a cobertura vegetal existente na área urbana da sede de Diamantina, visando atender às diretrizes do Estatuto da Cidade. O objetivo foi utilizar o geoprocessamento para mapear a área verde em 2014 e 2016, construindo um Índice de Área Verde (IAV) nestas datas, além de mapear toda a arborização em vias públicas em 2016. Os resultados apontam que no período analisado, houve diminuição da área verde em toda a área urbana da sede, bem como existe 95,3% de deficiência de arborização nas vias públicas. A metodologia proposta pode ser replicada em outros municípios que carecem de informações referentes à presença de cobertura vegetal. Os resultados podem subsidiar políticas públicas focadas no aperfeiçoamento do planejamento territorial de Diamantina, auxiliando a gestão municipal no aumento da cobertura vegetal e da arborização urbana.
Referências
BRASIL. (2004) Estatuto da Cidade - Guia para implementação pelos municípios e cidadãos: Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Senado Federal. Brasília, Senado Federal.
CHEN W. et al. (2018). Social functional mapping of urban green space using remote sensing and social sensing data. ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing, v. 146, p. 436-452. Disponível em:
DIAMANTINA. (2009). Plano Diretor Participativo do Município de Diamantina/MG – Documento Técnico, v. 1, 2009, 114 p. Diamantina.
EICHER, C., BREWER, C. DASYMETRIC. (2001) mapping and areal interpolation: implementation and evaluation. Cartography and Geographic Information Science. v.28, n.2, p.125-138.
HARDER, I. et al. (2006). Índices de área verde e cobertura vegetal para as praças do município de Vinhedo, SP. R. Árvore, Viçosa-MG, v.30, n.2, p.277-282.
HOGAN, D. (1999) Mudança Ambiental e o Novo Regime Demográfico. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 1999. p. 369-381.
IVES, C. et al. (2017). Capturing resident’s values for urban greenspace: Mapping, analysis and guidance for practice. Landscape and Urban Planning, v. 161, p. 32–43. 2017. Disponível em:
LPA (2017). Laboratório de População e Ambiente. Geotecnologias aplicadas ao Cadastro Multifinalitário de Diamantina. Registro Proexc nº: 048.2.061-2016. Relatório de pesquisa. Diamantina: LPA/CEGEO, 2017.
LIMA, V.; AMORIM, M. (2011). A importância das áreas verdes para a qualidade ambiental das cidades. Formação (Online), v. 1, n. 13.
LUFT, R., (2010). Questões pontuais na elaboração do plano diretor: planejamento urbano e factibilidade ética. Revista da Faculdade de Direito da UERJ, v. 1, p. 01-18.
MAAS J, et al. (2006). Green space, urbanity, and health: how strong is the relation? Journal of Epidemiology & Community Health, v. 60, p. 587-592.
MAZZEI, K. et al. (2007) Áreas verdes urbanas, espaços livres para o lazer. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 19, n. 1, p. 33-43.
MENNIS, J., HULTGREN, (2006) T. Intelligent dasymetric mapping and its application to areal interpolation. Cartography and Geographic Information Science. v.33, n.3, p.179-194.
MICHELINE, E. et al. Manual de Apoio – CTM: Diretrizes para a criação, instituição e atualização do Cadastro Territorial Multifinalitário nos municípios brasileiros. 2010.
MORERO, A. et al. (2007) Planejamento ambiental de áreas verdes: estudo de caso em campinas–SP. Rev. Inst. Flor., São Paulo, v. 19, n. 1, p. 19-30.
NUCCI, J. Qualidade Ambiental e Adensamento Urbano: um estudo de Ecologia e Planejamento da Paisagem aplicado ao distrito de Santa Cecília (MSP). 2ª. ed. Curitiba: 2008. 150 p.
NUCCI, J; CAVALEIRO, F. (1999) Cobertura vegetal em áreas urbanas – conceito e método. Revista GEOUSP, nº 6; p. 29-36.
RIBEIRO, F. (2009.) Arborização urbana em Uberlândia: percepção da população. Revista da Católica, Uberlândia, v. 1, n. 1, p. 224-237.
ROSSET, F. (2005) Procedimentos Metodológicos para estimativa do Índice de Áreas Verdes Públicas. Estudo de Caso: Erechim, RS. Dissertação (Mestrado). UFSCar. São Carlos, SP.
SBAU. (1996) Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. Carta a Londrina e Ibiporã. Boletim Informativo. v.3, n.5, p. 3.
SANTANA, P. et al. (2007) Avaliação da Qualidade Ambiental dos Espaços Verdes Urbanos no Bem-estar e na Saúde. A Cidade e a Saúde, p. 219-246.
TZOULAS, K. et al. Promoting ecosystem and human health in urban areas using Green Infrastructure: A literature review. Landscape and Urban Planning. v. 81, p. 167-178, 2007.
UMBELINO, G. (2012) Simulações de distribuição espacial domiciliar e projeções demográficas intraurbanas com apoio de geotecnologias. 2012. 193f. Tese (Doutorado em Demografia) – Cedeplar, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
UNFPA. Relatório sobre a Situação da População Mundial 2011: Pessoas e possibilidades em um mundo de 7 bilhões. UNFPA: Brasília, 2011. 125p.
A revista não se responsabiliza pelas referências bibliográficas fornecidas pelos autores.
As notas devem ser inseridas no rodapé da página em que forem indicadas. O conteúdo e as opiniões expressos pelos autores dos textos são de sua exclusiva responsabilidade, não representando necessariamente a opinião dos membros da Comissão Editorial e do Conselho Científico da Revista Espinhaço.
A Revista Espinhaço não tem condições de pagar por direitos autorais.